A cereja azul aqui é retratada como uma porcaria rejeitada por alguém. Ao ver uma fruta violada ao chão, supõe-se que alguém se interessou, mordeu, provou, não gostou e largou ao chão, como faria a umaporcaria qualquer sem dignidade o suficiente para mercer a paciência de se encontrar um lixeiro.
No entanto aqui está o registro desta porcaria, o que significa dizer que outro alguém se interessou e viu beleza na fruta ao chão. O que aconteceu com a coitada após a inmagem é impossível saber - se a pessoa que a registrou a catou e comeu; ou se deu outra mordidia e largou novamente; se tacou-a no lixo. Sabe-se que naquele momento houve interesse e curiosidade o suficiente para que aquela rejeitada merecesse o registro.
Também, se é bom ou ruim, só quem provar terá a certeza. Pode-se dizerque alguém detestou - a largou no chão - e que outro alguém gostou - registrou -, o que nos faz ficar com 50% para cada parte da contradição.
O que esta imagem, talvez, represente? Solidão e rejeição, porém único e especial, digno de reparação e de opinião. Apesar de ser cereja, é diferente - é azul. Ou seja, apresenta o conforto de ser algo conhecido, porém - obedecendo quase que a retórica perfeita de uma forma sonata clássica-curiosa por ser azul.
Soa conhecido, em outras línguas e culturas pode até haver termos que se designe a ela, mas ainda nada visto por aqui.